Macán foi apontado por Robert Parker como “o projeto mais aguardado” da Espanha. Trata-se da bodega criada na Rioja em 2009 por Vega Sicilia em parceria com Benjamin de Rothschild, de Bordeaux, dois nomes de muito prestígio no mundo do vinho.
A Bodega de Benjamín de Rothschild & Vega-Sicilia está profundamente ligada ao seu território, San Vicente de la Sonsierra, compilando séculos de tradição, conhecimento e cultura vitivinícola desde o sopé da Serra de Cantabria. Expressa frescura, frutado e delicadeza provenientes do seu terroir que proporciona profundidade e complexidade. A arquitetura da adega está de acordo com uma ideia básica de respeito e consciência do ambiente e da paisagem, firmemente empenhada no desenvolvimento sustentável, em termos de redução do consumo, das emissões de gases com efeito de estufa, do despejo de resíduos e do consumo de eletricidade.
Desde que decidiram formar uma joint venture, no início de 2000, a ideia era elaborar vinhos que resgatassem a elegância dos Riojas das décadas de 1960 e 1970, sem a opulência encontrada nos Riojas mais modernos, mas conservando sua pureza e precisão. Os parceiros compraram vinhedos de excelente localização, com plantas antigas e de baixos rendimentos – incluindo alguns centenários, plantados em 1920!
MACAN é o nome escolhido para os vinhos, derivado de um nome tradicional da população desta sub-região de Rioja. Todos os anos pretendem produzir dois vinhos, MACAN e MACAN CLASICO - um primeiro e um segundo vinho seguindo a tradição bordalesa de classificação, provando os diferentes lotes e engarrafando um primeiro vinho com mais potencial e um segundo vinho mais expressivo e fácil de beber quando jovem. Esta é talvez a influência mais notável da família Rothschild no projeto, porque caso contrário toda a viticultura e vinificação ficaria nas mãos da equipe da Vega Sicilia.
O estilo dos vinhos certamente não é o Rioja “tradicional” – após testes, eles decidiram pelo carvalho americano – mas o estilo também não é o “alta expressão” moderno. Talvez o termo Neoclássico seja o mais adequado, com frutas complexas com infusão de minerais e discretas influências de carvalho, sustentadas por uma estrutura fina e firme. Estes são definitivamente “vinhos finos” na grande tradição europeia e certamente gerarão sério interesse na mídia, no comércio e no consumidor.
Os dois vinhos – Macán e Macán Clásico – são produzidos exatamente da mesma forma. Após maturarem entre 14 e 18 meses em barricas de carvalho americano e francês da Borgonha, sendo 60% novas e o restante de segundo uso. O vinho descansa 18 meses em garrafa antes de sair ao mercado. Os vinhos de todas as barricas são provados para a seleção do assemblage de cada cuvée. As barricas com vinhos mais prontos para serem consumidos são destinadas ao Macán Clásico, enquanto os lotes mais complexos e longevos vão para o Macán. São vinhos maravilhosos, elegantes e precisos, no estilo único de Vega Sicilia, sem dúvida entre os melhores de toda a Rioja.
A colheita passa por uma criteriosa seleção de parcelas antigas situadas em San Vicente de la Sonsierra, na Rioja Alta. Os vinhedos têm 120 hectares de vinhas plantadas nas aldeias de Ábalos, Labastida, El Villar e San Vicente de la Sonsierra. A idade dos vinhedos varia entre 25 anos (os mais jovens) a 80 anos (os mais antigos). O vinho fermentou em inox após maceração a frio, seguida de malolática parcialmente em barricas e estágio de 12 a 14 meses em barricas novas e de segundo uso de carvalho francês. 2015 é uma safra mais madura e quente, e a colheita foi feita mais cedo para encontrar equilíbrio e evitar maturação excessiva.
● Composição de Uvas: 100% Tempranillo. Maturado nesta safra 12 meses em barricas de carvalho francês e carvalho americano, com estadia final de 5 meses em barricas de carvalho de grande capacidade ou “foudres” antes de um estágio de 2 nos em garrafa.
● Notas de Degustação: Cor rubi escuro apesar dos 9 anos de guarda. No nariz o vinho mostra-se equilibrado, com carvalho integrado e aromas clássicos de frutas silvestres escuras com um toque de frescor. Na boca é de médio a encorpado, com alguns taninos firmes e elegância suficiente para contrabalançar a sua força natural. Seu final de boca frutado (amora e ameixa) tem ainda notas de baunilha, tabaco e alcaçuz, exprimindo uma bela complexidade.
● Estimativa de Guarda: Potencial de guarda sugerida de 10 anos.
● Reconhecimentos: 96 Guia Penin 2015; 96 Tim Atkin; 95 James Suckling; 94 Antonio Galloni; 93+ Robert Parker; 91 Wine Spectator.
● Notas de Harmonização: Harmoniza com Carnes vermelhas assadas e grelhadas, carnes suínas, como costeletas e queijos duros, como Grana Padano.
● Serviço: servir entre 16 e 17ºC.
● Faixa de Preço – Estelar (uma excelente relação de custo x benefício para uma Magnum).
● Importado pela MISTRAL - Rua Cláudio Manoel, 723 - Savassi - BH. Tel.: (31) 3115-2100
Opmerkingen