Quinta do Vale Meão, propriedade que dá nome ao vinho, foi a última das aproximadamente 30 grandes quintas que pertenceram à famosa Dona Antónia Adelaide Ferreira, conhecida por todos como “Ferreirinha”, um dos nomes mais importantes da história vinícola de Portugal, em especial do Douro.
O Meão foi a única quinta que Ferreirinha construiu do zero, em um terreno onde antes só havia mato e animais selvagens, uma área ainda pouco explorada do Douro Superior, justamente pela distância que separava a região das cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia e pela dificuldade em se chegar até lá. Francisco Javier de Olazabal, trineto da lendária Ferreirinha, assumiu a gestão do grupo nos anos 1970 e, ao longo dos anos, em um processo de aquisição das partes de familiares e coproprietários, em 1994, tornou-se, juntamente com seus filhos, único proprietário da quinta. Em 1998, após renunciar ao cargo de presidente da A.A.Ferreira, Francisco estabeleceu a empresa F. Olazabal & Filhos, da qual é o atual presidente e seu filho Francisco de Olazabal y Nicolau de Almeida é o enólogo.
Desde a sua primeira safra, em 1999, o vinho tem recebido todos os anos prêmios impressionantes da imprensa especializada, incluindo o de "Melhor Vinho de Portugal" na safra 2000 pela Revista de Vinhos, o quarto lugar no ranking dos melhores vinhos do mundo de 2014 da Wine Spectator, além dos 96 pontos de Robert Parker para a safra 2011. Rico, denso e incrivelmente complexo, é um tinto que pode evoluir por muitos anos. Uma unanimidade!
Por mérito próprio, o Quinta do Vale Meão é realmente um dos mais cobiçados vinhos de Portugal. Destaque merecido pela qualidade que este vinho oferece em todas as colheitas em que é lançado. A Quinta produz ainda um segundo vinho, o Meandro do Vale Meão, feito a partir das vinhas mais novas que também merece elogios por sua qualidade.
● Composição de Uvas: Blend de Touriga Franca (60%), Touriga Nacional (35%), Tinta Barroca (3%) e Tinta Roriz (2%). Após esmagamento as uvas passaram por um choque térmico seguido de pisa a pé durante quatro horas, em lagares de granito. O mosto foi transferido para cubas de vinificação de pequena capacidade com controlo de temperatura. Nesta colheita 10% dos vinhos fermentaram com o engaço e as castas foram vinificadas separadamente. Maturado 18 meses em barricas de carvalho francês de 225 litros, sendo 45% novas e 55% de segundo ano.
● Notas de Degustação: Cor rubi escuro. Aromas de frutas vermelhas e negras maduras, toques florais, de ervas maceradas e de especiarias, que aparecem tanto no nariz quanto na boca. Um vinho encorpado que impressiona pelos taninos polidos, com acidez vibrante e final persistente, com toques terrosos, de amoras, de violetas, de mineral e alcaçuz.
● Estimativa de Guarda: Beba agora ou até 2029 (guarda sugerida pela vinícola é de 10 anos), mas pelo que provei, aguenta tranquilamente 20 anos!
● Reconhecimentos: 95 WS; 96 RP e 98WE.
● Notas de Harmonização: Harmoniza com carnes vermelhas grelhadas, assadas ou ensopadas. Cordeiro ou Cabrito serão muito bem-vindos como companhia.
● Serviço: servir entre 16 e 18ºC.
● Faixa de Preço – Estelar
● Em BH: MISTRAL - Rua Cláudio Manoel, 723 - Savassi - BH. Tel.: (31) 3115-2100
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