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Foto do escritorVinotícias - Marcio Oliveira

QUINTA DO NOVAL DOURO DOC TOURIGA NACIONAL 2014 – DOURO - PORTUGAL

O nome “Quinta do Noval” apareceu pela primeira vez em registros no ano de 1715. A propriedade pertenceu por mais de um século à família Rebello Valente, que recebeu as terras do Marquês de Pombal, poderoso Primeiro-Ministro português em meados do século XVIII. No começo do século XIX o Estado, como resultado de um acordo matrimonial, passou as terras ao Visconde Villar d’’Allen, que era famoso por ser anfitrião de grandes festas no Noval, trazendo dançarinas do Folies Bergères, famosa casa de música de Paris.

Entretanto, nos anos 1880 um revés atingiu a região. O Douro foi atacado pela praga Filoxera e, como muitas propriedades, a Quinta do Noval foi colocada à venda. Em 1894 foi adquirida pelo distinto António José da Silva, produtor de Vinho do Porto. António da Silva revitalizou a Quinta do Noval, replantando vinhas e renovando as adegas e demais prédios da propriedade. Seu trabalho foi continuado pelo genro, Luiz Vasconcelos Porto, que dirigiu a companhia por quase três décadas.


A Quinta do Noval constantemente desempenhou um papel de liderança na região do Douro. Criou o conceito dos Old Tawnies com a indicação de idade (10,20 e 40 anos). Também foi a primeira Casa a lançar um Porto Late Bottled Vintage em 1958, com o LBV 1954. Foi assim criada uma categoria totalmente nova de Vinho do Porto, que durante muitos anos foi o tema central de discussões na região.


Sempre pioneira, a Noval continua ainda hoje a desbravar esse caminho, com o exclusivo Quinta do Noval LBV Unfiltered, produzido inteiramente a partir de uvas da Quinta e pisado a pé em lagar, à semelhança dos Vinhos do Porto Vintage.


Mais recentemente, a Quinta do Noval ficou entre as primeiras produtoras de Portos a começar a produzir Vinhos Tintos de mesa do Douro com a marca de sua vinícola.


Propriedade do grupo francês AXA Millésimes desde 1993, a Quinta do Noval faz parte de um prestigiado patrimônio vitivinícola composto por nomes importantes como a Disznók, em Tokaj, na Hungria, e na França, o Château Pichon-Longueville em Pauillac, o Château Suduiraut em Sauternes, o Château Petit- Village em Pomerol, o Domaine de l'Arlot na Borgonha e o Mas Belles Eaux na região de Languedoc.


● Corte de uvas: 100% Touriga Nacional. Este vinho é fermentado em cubas de inox durante 12 dias, onde em seguida ocorre a fermentação malolática. Este tinto é envelhecido em barricas de carvalho francês durante 10 meses, sendo 35% em barricas novas, e sua produção anual é inferior a 10 mil garrafas.


● Notas de Degustação: Vinho com cor violeta apesar dos 8 anos de guarda. Aromas de boa intensidade de ameixa, algo de cassis, nota de vegetação típica da região (esteva) e de flores silvestres (o aroma de violeta é típico na Touriga Nacional). Na boca, é fresco, com taninos macios. Apresenta uma textura agradável e um final persistente. É um vinho equilibrado, com final de boca de boa complexidade.


● Estimativa de Guarda: está pronto para ser bebido, mas aguenta mais um ou dois anos.


● Reconhecimentos: 2014 - 93 pontos Wine Enthusiast I 90 pontos Robert Parker I 90 pontos Wine Spectator.


Notas de Harmonização: Acompanhou um gostoso Cozido à moda portuguesa, preparado pela Marina Franchini. Vai muito bem com carnes vermelhas grelhadas ou assadas, galinha d´angola, carnes de caça, costeleta de cordeiro ao molho de ervas, ossobuco com polenta cremosa.


Serviço: servir entre 16 e 17ºC (Beba numa taça grande de Bordeaux). Vale a pena decantar.


Faixa de Preço – $$$


Em BH: Cedido pelo Alisson, da Amigo do Vinho – Celular: 98877-9538, para uma degustação na sua Confraria.

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