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Foto do escritorMarcio Oliveira - Vinoticias

SEMANA DO MALBEC


17 de abril é o Dia Mundial do Malbec, celebrando a principal uva tinta para os vinhos da Argentina.

Para muitos críticos, a uva Malbec produz vinhos que estilisticamente ficam entre o Cabernet Sauvignon e a Merlot, com riqueza e redondeza mais aveludada do que a Cabernet, mais taninos e estrutura firmes do que a Merlot.

A Malbec acompanha muito bem carne bovina (especialmente em churrascos), pratos condimentados, molhos de tomate, guisados ​​de carne, hambúrgueres, salsichas, torta de bife, carne de cordeiro, espaguete e almôndegas, costeletas de vitela, osso buco, carne de peru e quem diria - chocolate amargo!

O tradicional churrasco argentino, chamado assado, é perfeito para o Malbec.

MAS PORQUE CELEBRAR O DIA 17 DE ABRIL?

17 de abril é o Dia Mundial do Malbec, que marca o dia em 1853, quando o então presidente argentino Domingo Faustino Sarmiento pediu a Michel Pouget, engenheiro agrônomo francês, que trouxesse novas videiras da Europa para transformar a indústria vinícola argentina. O Malbec estava entre as mudas trazidas de Bordeaux, onde era chamada de Côt.

Naquela época, o Malbec era amplamente plantado na França e era usado na mistura de uvas em Bordeaux, especialmente nas regiões de St. Emilion e Graves, para adicionar uma cor profunda e escura e aromas ricos de frutas pretas.

No entanto, depois que o pulgão da filoxera devastou os vinhedos franceses no final do século XIX, e depois uma geada destruiu 75% das vinhas na década de 1950, Bordeaux não replantou mais as vinhas Malbec tão extensivamente quanto a região de Cahors, no sudoeste da França.

O Malbec prospera na região quente de Cahors, que produz um "vinho negro" tânico, profundamente colorido e palatável. A uva pode ser encontrada com os nome de Côt e Auxerrois em outras regiões da França. Na verdade, existem mais de 400 nomes para a uva.

Atualmente, 80% das plantações de Malbec no mundo estão na Argentina e 10% na França. Na Argentina, 70% das videiras Malbec estão plantadas em Mendoza, a parte central do país, ao longo da cordilheira dos Andes, que separa o país do Chile.

Os estilos de Malbec variam de acordo com o local de plantio, de norte a sul do país, sendo o sul sua região mais fria. No hemisfério Sul a colheita é em abril e maio.

A altitude e distância do mar também afeta o estilo Malbec, especialmente porque a maioria das videiras está plantada a 1.000 quilômetros de distância do oceano. As videiras em Mendoza estão plantadas entre 800 e 1.500 metros acima do nível do mar, enquanto as de Salta, província do norte onde é mais quente, estão plantadas a uma altitude de até 3.000 metros acima do nível do mar. Mudanças diárias na temperatura do dia para a noite podem mudar até 15 graus Celsius.

A uva tem pele fina e amadurece no meio da estação, sindo sensível à geada. A maioria das outras regiões que cultivam o Malbec também o utilizam como uma uva de menor presença na mistura, exceto para os vinhos da Argentina, onde ele é o principal símbolo do país.

Às vezes chamado de Fer, os Malbec argentinos são mais ricos, mais redondos e frutados do que as versões européias. O Malbec prospera na Argentina porque tem o tempo necessário para amadurecer os exuberantes sabores de ameixa.

Embora os blends de Bordeaux possam envelhecer por décadas, o Malbec monovarietal ou como a parte dominante numa mistura é melhor apreciado quando jovem. A mistura de uvas Malbec e Cabernet ainda é tradicional: paixão latina e elegância francesa.

Aromas típicos do Malbec incluem ameixas, amoras, cerejas pretas, especiarias, terra e toques tostados de madeira.

O Malbec é sensível às geadas, por isso adora o clima da Argentina, onde durante o verão pode amadurecer lentamente sem esse risco. Hoje a Argentina é o quinto maior país exportador de vinho, e a maior parte é o Malbec.

E por falar nisto, já bebeu seu Malbec nesta semana tão especial?

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