A casta italiana Aglianico é a mais importante uva para vinhos tintos da Campania, originando também grandes vinhos em outras regiões do sul da Itália, como Basilicata, Calabria, Puglia e Molise.
É a casta de uva mais antiga nativa da Itália, sendo responsável pelos grandiosos vinhos Taurasi, vinhos que são produzidos por uvas da casta Aglianico de vinhedos que se localizam próximos a encostas vulcânicas. Esses tintos são capazes de evoluir por décadas.
A uva Aglianico era muito utilizada pelos nobres antigamente na produção de vinhos e conta hoje com bastante reconhecimento, sendo considerada por alguns a melhor uva do Sul da Itália e, para muitos, uma das três melhores castas italianas ao lado da Nebbiolo e Sangiovese. Muitos autores relacionam o nome Aglianico a uma possível origem helênica, já que os gregos tinham colônias na região, indicando uma possível origem grega para a casta da uva, mas testes de DNA recentes comprovaram que não existe nenhum parentesco da casta com qualquer uva de origem grega, o que leva a crer que a uva é mesmo nativa da Itália.
Por sua estrutura, os taninos finos e de ótima acidez, são chamados de “Barolos do sul”. Os vinhos feitos com as técnicas modernas de vinificação podem ser bebidos mesmo jovens, principalmente quando acompanhados de comida (ideal para harmonização com carnes vermelhas, cogumelos e temperos que levem páprica).
Neste vinho produzido pela Villa Raiano, a densidade em plantio é de 2.500 plantas/ha em pérgola avellinese e 4.500 plantas/ha em Guyot e cordão esporonado. As vinhas estão plantadas em altitude de até 550 metros acima do nível do mar localizadas em Castelfranci; 300 metros para as vinhas localizadas em Venticano e 400 metros para as vinhas localizadas em Bonito. A colheita é manual em Outubro, com vinificação em cubas de aço (25-27°C) com remontagens diárias e maceração de uma semana. O vinho passa 10 meses em barricas de carvalho francês de 2ª e 3ª passagens para 50% do vinho. O restante do vinho permanece em cubas de inox, sendo engarrafado em Julho do ano sucessivo à colheita. Produção anual de 40. 000 garrafas.
● Corte de uvas: 100% uva Aglianico, de videiras com mais de 30 anos de idade.
● Notas de Degustação: Vinho de cor rubi com reflexos púrpura. No aroma traz ameixas, amoras, notas de mentol, tabaco e notas de cacau, mostrando boa complexidade. Na boca mostra seus taninos maduros, mas presentes, muito macios, com final longo e envolvente, refletindo o perfil aromático. Estava fácil de beber e gostar e a garrafa acabou rápido.
● Estimativa de Guarda: pronto para beber mas poderá evoluir por mais 3 anos em guarda.
● Notas de Harmonização: vai muito bem com Stufato di manzo (Peito bovino longamente estufado com vinho tinto, ervas e legumes); Rosbife servido ao molho picante; Pappardelle ao creme de cogumelos; Linguiça ao perfume de funcho na brasa; Involtini de berinjela. Todos são pratos típicos da região da Campania, mas traduzindo para a nossa cozinha podemos pensar em carne bovina guisada (cozida longamente e a baixa temperatura) em vinho tinto servido com legumes grelhados ou assados, pratos com cogumelos.
● Serviço: servir entre 15 e 17ºC (Beba numa taça grande de Bordeaux).
● Faixa de Preço – $$$
● Degustado em recente viagem pela Costa Amalfitana.
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