Don Maximiano Errázuriz fundou a Viña Errazuriz em 1870. Com espírito inovador e com olhar no horizonte futuro, plantou as primeiras videiras de castas francesas no Valle de Aconcagua. Em pouco mais de um século, seus descendentes consolidaram a vinícola Errazuriz e a posicionaram com os seus vinhos dentre os mais renomados e conhecidos do mundo. Vale do Aconcágua fica a apenas 12 km do Oceano Pacífico, e a 100Km de Santiago, numa região de clima frio e solos de ardósia, e que recebe grande influência marítima. A altitude média dos vinhedos é de 600 metros acima do nível do mar. Enquanto na época a maior parte das vinícolas se estabelecia nos arredores da capital Santiago, Don Maximiano decidiu viajar pelo Chile em busca do terroir perfeito. E encontrou o pedaço de terra que queria ao norte, no Vale Aconcágua. Desde então, é só sucesso para a marca!
Com 300 hectares de terras plantadas, a vinícola Errazuriz ganhou importante relevância no desenvolvimento da região onde se iniciou um pequeno povoado chamado de Vila Errazuriz, com uma igreja, uma escola e casas para os trabalhadores.
A Errazuriz produz alguns dos maiores ícones da América do Sul. Entre eles, o clássico Don Maximiano Founder’s Reserve que na famosa “Cata de Berlin”, desbancou alguns dos mais consagrados vinhos do mundo mesmo custando uma pequena fração do que eles custam.
O vinhedo Don Maximiano está localizado no Vale do Aconcágua e os mais antigos entre eles são os blocos Max I, Max II e Max V. A região tem uma longa estação seca com dias moderadamente quentes de verão, resfriados pelas suaves brisas noturnas que entram no vale pelo Oceano Pacífico. As vinhas Cabernet Sauvignon e Carmenere foram plantadas em 1978 e 1993, respectivamente, enquanto a Petit Verdot foi plantada em 1999.
O mosto é fermentado em tanques de aço inoxidável de pequeno volume para maximizar o contato entre o suco e as cascas, usando leveduras selecionadas a temperaturas que oscilavam entre 24° e 28°C.
● Corte de uvas: até 1995 o Don Maximiano foi feito com 100% de Cabernet Sauvignon.
● Envelhecimento: o vinho de 1984 não teve passagem por barrica. Sabe-se que o uso da madeira - sempre carvalho francês - vem aumentando paulatinamente e, por exemplo, no ano de 1995 foi de 16 meses.
● Notas de Degustação: Cor rubi com leve halo granada, mostrando estar em plena forma apesar do tempo de guarda de ambos vinhos. O vinho de 1984 mostrou depois de uma decantação os aromas vegetais de mentol, de frutas secas como nozes, toques terrosos e defumados, chocolate amargo, fundo de tabaco e fumo. Na boca o vinho é médio-encorpado, requintado e elegante, mostrando grande complexidade, boa persistência, com bom frescor e taninos macios. Um vinho em que tudo está muito bem integrado e ficou marcante pela idade que tem. O vinho de 1986 mostrou-se parcialmente opaco, e depois de uma decantação os aromas marcantes de chocolate ao leite, frutas secas como nozes e tâmaras, toques terrosos e defumados, novamente um fundo de tabaco. Na boca o vinho é médio-encorpado e mais leve que o de 1984, mostrando bom equilíbrio e complexidade, boa persistência, frescor e taninos macios. Outro vinho em que tudo estava muito bem integrado.
● Estimativa de Guarda: o vinho de 1984 se mostra mais íntegro que o de 1986. Me arrisco a dizer que o vinho de 1984 aguenta mais 2 anos e o de 1986 mais 1 ano.
● Notas de Harmonização: Perfeito para harmonizar com carnes vermelhas grelhadas e assadas, carnes de caça, cordeiro. Fizeram ótima companhia para uma Terrine de Campanha.
● Serviço: servir entre 16 e 17ºC, numa taça grande de estilo Bordeaux.
● Faixa de Preço – $$$$$
● Em BH: Os vinhos foram adquiridos na GRAND CRU por uma Confraria que se reúne no Espaço VINOTÍCIAS.
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