Bebido em recente encontro com seu enólogo Michel Friou, que passou rapidamente por Belo Horizonte para apresentar o novo rótulo do Epu e a nova safra do Almaviva.
A história do Almaviva começa em 1997 quando a Baronesa Philippine de Rothschild, Presidente da Diretoria de Assessoria da Baron Philippe de Rothschild S.A., e o senhor Eduardo Guilisasti Tagle, Presidente de Vinícola Concha y Toro S.A., fecharam um acordo com a visão de criar um vinho Premium Franco-Chileno excepcional, chamado Almaviva.
Elaborado a partir de uma mistura de três variedades clássicas de Bordeaux – onde predomina o Cabernet Sauvignon – Almaviva é o resultado do afortunado encontro entre duas culturas. O Chile oferece sua terra, seu clima, e seus vinhedos com idade entre 18 e 42 anos de idade (uma parcela privilegiada em Puente Alto, de propriedade da Concha y Toro), enquanto a França contribui com os conhecimentos técnicos de vinificação e suas tradições. O resultado é um vinho de elegância excepcional e complexidade. Seu lançamento foi um enorme impulso para o desenvolvimento dos vinhos chilenos nos mercados internacionais.
Localizado na parte mais alta do Vale do Maipo, na região central do Chile, Puente Alto é conhecido há mais de 20 anos por possuir as condições ideais para produzir um dos melhores Cabernet Sauvignon do Chile. É por lá onde selecionaram 60 hectares exclusivos para a produção do Almaviva. Já as características destacadas do solo incluem terrenos pedregosos e muito pobres, além de invernos frios, chuvosos e uma longa temporada de amadurecimento caracterizada por noites frias e dias de verão temperados, que permitem obter uma qualidade extraordinária e equilíbrio das diferentes castas plantadas.
O enólogo Michel Friou detalhou que o lançamento oficial deste Almaviva foi em setembro de 2022, na Place de Bordeaux. No Brasil, o Almaviva 2020 deve chegar ao consumidor em março de 2023. O preço ainda não foi divulgado, mas a safra anterior, a 2019, custa R$ 2.587 na Wine para não-sócios. Friou detalhou que houve mudanças no tradicional rótulo, com a inscrição dos 25 anos no lado superior esquerdo e também na cápsula. A garrafa sempre foi importada da França, mas pela primeira vez será usada uma produzida no Chile. É um modelo exclusivo, como nome Almaviva gravado no vidro para evitar falsificações. Ao fundo, quando ela está vazia, pode-se ver o símbolo mapuche que também está presente no rótulo.
● Composição de Uvas: 2007 - Cabernet Sauvignon (64%), Carménère (28%), Cabernet Franc (7%) e Merlot (1%) imponente e sofisticado, estágio de 18 meses em carvalho francês , sendo 10 meses em barricas novas. A colheita de 2007 ficará na memória por sua qualidade excepcional, seu extraordinário equilíbrio, concentração e complexidade, que realmente a coloca como uma das melhores colheitas da história recente do Chile. O inverno foi seco e globalmente muito frio. As chuvas entre Junho e Setembro de 2006 alcançaram somente 292 mm em Puente Alto.
2018 - 65% Cabernet Sauvignon, 24% Carménère, 8% Cabernet Franc, 2% Petit Verdot e 1% Merlot
2020 – 68% Cabernet Sauvignon, 24% Carménère; 6% Cabernet Franc e 2% Petit Verdot, com estágio de 20 meses em barricas novas de carvalho francês. Foi um ano muito seco, com 300ml de chuva, o que é pouco. As temperaturas foram mais altas. Não se sabia se haveria água suficiente para regar a vinha. Em março, com a pandemia, houve muitas restrições e não se sabia nem se poderiam colher as uvas. Depois que foi decidido que o vinho estava incluído nos produtos agrícolas chilenos, tiveram que colher rápido e cedo. Se fosse um ano frio e tardio, poderia ser mais complicado em razão do aumento do número de casos da doença. A natureza nos ajudou, revela Friou.
● Notas de Degustação: 2007 - Cor e nariz intensos, com aromas de ameixas, cassis, alcaçuz e ervas. No palato corpo médio, boa acidez, textura aveludada, e taninos macios. Um belo equilíbrio entre fruta, estrutura e acidez. Um vinho em estado de arte pela sua essência técnica. Muita elegância ao final com toques de grafite.
2018 - Cor rubi profunda e intensa. Intensos e complexos aromas, com notas de amora, cassis e alcaçuz, combinados com toques de baunilha, cacau, incenso e especiarias. Em boca, é um vinho de paladar amplo, complexo, com taninos macios e finos. Um vinho elegante, que valoriza a fruta madura, terminando num final longo, denso, carnoso e saboroso. Aqui precisão e equilíbrio são as palavras de ordem. Consequência de uma safra excelente, que se comprova na taça. Um dos melhores Almaviva que já provei!
2020 - Rubi intenso com reflexos violáceos. Frutas vermelhas maduras como aromas e morangos, notas de baunilha e café e toques de especiarias. Encorpado, com taninos maduros e final de boca marcado por frutas vermelhas e notas de baunilha.
● Reconhecimentos de Críticos: 2007 – RP 93/100 e WS 93/100 Pontos.
2018- Robert Parker – 96/100; Descorchados 98/100 Pontos; 98/100 James Suckling; 96 Pontos Decanter.
2020- Ainda sem pontuação. O lançamento em BH foi feito neste encontro, com garrafas trazidas em mãos por Michel Friou.
● Estimativa de Guarda: Potencial de guarda por 16 anos após a safra, desde que seja mantido em condições adequadas.
● Notas de Harmonização: Bife Ancho na parrilla, Carnes vermelhas assadas com molhos intensos, preparações a base de carnes de caça, cordeiro assado, massas com ragu de carne e queijos duros, como o grana padano.
● Serviço: servir entre 15 e 17ºC
● Faixa de Preço – Estelar
● Em BH – WINE – Rua Alvarenga Peixoto, 655 – Lourdes – Tel.: (31) 2527 9100
● Em BH – WORLD WINE – Loja Pátio Savassi - Av. do Contorno, 6061 - Piso L2 - Loja 221/222 - São Pedro - Tel. 31 3889-9405/9407
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