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VINHOS E CARNAVAL

As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e o Touro Apis.


Há quem diga que as primeiras manifestações ocorreram na Roma dos Césares, as saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, Momo é uma das formas de Dionísio - o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto recua a origem do carnaval para a Grécia arcaica. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza.



Personagem conhecido da mitologia grega, Dionísio - o deus do vinho, segundo a lenda, ficou curioso sobre uma vinha que ficava próxima de onde vivia e espremeu as uvas dali, descobrindo a arte de fazer vinho. Depois disso, ele procurava ensinar a todos como produzir a bebida.


Assim sendo, Dionísio viajou durante muito tempo ensinando aos homens como fazer vinho, até que voltou à sua cidade natal e passou a promover o culto a si mesmo. Essas comemorações foram o princípio do que se conhece hoje como Carnaval. A festa já existia, celebrando de certa forma a fertilidade do solo e a celebração das colheitas, mas foi Dionísio quem a modificou e a tornou conhecida, transformando a tradição em algo de grandes proporções.


Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.


Com o nome de Carnaval, a festa surgiu, no século XI, com a implantação da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse período de privações acabaria por incentivar a realização de festas nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas. A palavra "carnaval" estaria relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval".


Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, os dias de Carnaval são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, em francês: Mardi Gras).

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.


O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval parisiense para criar suas festas carnavalescas (quem diria?).


No Brasil, o entrudo, importado da Ilha dos Açores, Ilha da Madeira e Cabo Verde, foi o precursor do carnaval. Grosseiro, violento, imundo, constituiu a forma mais generalizada de brincar no período colonial e monárquico, e também a mais popular. Consistia em lançar, sobre os outros foliões, baldes de água, esguichos de bisnagas e limões-de-cheiro (feitos de cêra), pó de cal (que podia cegar as pessoas atingidas), vinagre, groselha ou vinho e até outros líquidos que estragavam roupas e sujavam ou tornavam mal-cheirosas as vítimas. Foi livre até o aparecimento do lança-perfume, já no século XX, assim como do confete e da serpentina, trazidos da Europa.


Atualmente, o prestígio alcançado pelos desfiles de carnaval, no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de outras cidades brasileiras, e a disseminação das chamadas micaretas trouxeram novas formas ao evento. Alguns críticos dizem que o sentido popular da festa perdeu lugar, mas curiosamente o Carnaval vem renascendo em Belo Horizonte sob a forma de bloquinhos de rua.


Pessoalmente, não sou grande amante do Carnavla, e não sou Mangueira, mas minha dica é brindar o Carnaval em Verde e Rosa. Ambos vinhos bem gelados e refrescantes, farão o papel de abre-alas.


Com a dica de que você pode encontrar agora vinhos em latinhas! Se a moda vai pegar, ainda é cedo para falar, mas certamente abrirão espaço como uma opção acessível e segura para se beber nas celebrações momescas, especialmente por evitar as garrafas de vidro.


E claro, sendo época de celebrar alegria, a oportunidade também cai como luva para você saborear espumantes. Afinal, quem disse que vinho não rima com alegria, confete e serpentina? Saúde !!!

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